O que você achou da capa do livro "Memórias de um adolescente"

domingo, 9 de dezembro de 2007

Entrevista com Bruno Peixoto

Hoje começa uma série de entrevistas com os personagens do meu livro "Memórias de um Adolescente". Nessas entrevistas será possível perceber muito do caráter e do psicológico dos personagens. Nenhuma pergunta e nenhuma resposta contém spoiler.




Entrevista com Bruno Peixoto.
Data: 15/08/2006


MDUA – Como você conheceu David?
Bruno – Eu era amigo de infância do Carlão, aí quando o David mudou pra nossa rua eles se conheceram e acabamos virando amigos.

MDUA – David gostava de dizer que você era o líder. Você era?
Bruno – Eu nunca fui líder nem de campeonato de vídeo-game. [risos] Nosso grupo não tinha líder. Éramos todos iguais.

MDUA – O que você sentiu quando soube dos segredos de David?
Bruno – Fiquei muito preocupado. Entendi perfeitamente o fato de ele não ter tido coragem de me contar pessoalmente. Eu queria ajudar mas, você sabe, era impossível.

MDUA – Quando você soube?
Bruno – Acho que fui um dos últimos a saber. Acho que ele não confiava tanto em mim quanto em Nicolas e Carlos.

MDUA – Por quê?
Bruno – Porque eu me aproximei bastante de Bárbara. Ele deve ter sentido ciúmes.

MDUA – Mas rolou alguma coisa?
Bruno – [Risos] Prefiro não comentar.

MDUA – O fato de você ser filho de um policial não influenciou para essa desconfiança de David aumentar?
Bruno – Acho que não. David sempre soube que a nossa amizade servia pra esse tipo de coisa. O fato principal mesmo foi minha proximidade com a namorada dele.

MDUA – Como reagiu quando soube do que aconteceu em Julho?
Bruno – Fiquei muito triste. Era uma coisa que eu jamais imaginaria que pudesse acontecer com eles. Naquele dia o meu afeto por Barbara ficou ainda maior

MDUA – Mudando um pouco de assunto, você sempre foi o que se dava melhor com as garotas. Qual é, em sua opinião, o principal motivo disso?
Bruno – [Risos] Eu tinha paciência. Só isso. [Mais risos]

MDUA – E a Larissa?
Bruno – Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo. Ela me fez enxergar horizontes que jamais havia pensado antes. Graças a ela cheguei aonde cheguei.

MDUA – Qual mensagem você tem para o Gómez?
Bruno – [Risos] Desculpa. [Mais risos]

MDUA – E a Jéssica. Como foi namorar com a irmã do seu amigo?
Bruno – No início era meio estranho. Apesar de sempre dar “leves cutucadas” em Nicolas, sempre foi muito importante pra mim respeita-lo. Foi bom pra ela e foi bom pra mim.

MDUA – O que você achava da relação Carlos-Paula?
Bruno – Sempre gostei de Paula. Achava que nos parecíamos bastante. Carlos errou
quando deu asas demais a ela. Deu no que deu. Ta certo que ele nunca foi
flor-que-se-cheirasse, mas o que ela fazia com ele era inaceitável. Tentei dar
uns toques nela, mas a Paula sempre foi meio cabeça-dura.

MDUA – O que aconteceu com o garoto Marcelo foi simplesmente uma barbaridade. Você acha que a atitude de David em relação a ele foi correta?

Bruno – Acho que quem cutuca leão faminto com vara curta ta pedindo pra ser
mordido.


MDUA – De quem você sente mais falta?

Bruno – Sem dúvida nenhuma da Laura. Ela foi muito compreensiva comigo.
Naquele tempo difícil que passamos, ela era uma das únicas que conversava comigo direito. Ao contrario do que muita gente pensava, ela era muito inteligente e as conversas com ela eram sempre muito produtivas. Adoro aquela garota.

MDUA – Muito obrigado por essa entrevista. Pra encerrar, diga uma frase que resuma tudo esse episódio catastrófico que vocês viveram.

Bruno – Nada é tão ruim que não possa piorar




Semana que vem, entrevista com Jéssica Silveira.

2 comentários:

Ana Paula Vieira disse...

adorei sua iniciativa de uma entrevista
mto legal
amei!
Bjs

Ana Nogueira Fernandes disse...

eu concordo plenamente com a ultima frase!!!