Um carro em movimento faz as formas ficarem borradas,
mas não tanto quanto o rosto de uma garota
que, sentada no banco traseiro, observa a briga dos pais.
11 anos, e a pequena garota ainda se encolhia
agarrada a sua boneca, sua unica amiga.
Vitória sabia: estavam rápido demais.
Ser ignorada a vida inteira a fez ficar mais esperta.
Tinha medo. Tinha razão.
O cheiro de bebida e cigarro se misturavam
aos gritos abafados pela chuva que lá fora
caía.
Ela sabia. Tinha certeza. Desejava. Intimamente.
Apertou sua companheira e segurou o que viu.
A imperfeição do braço da porta
tirou sangue de sua mão.
Tudo perdeu forma, sua visão avermelhava.
Corpos voadores atravessavam o vidro quebrado.
Tudo se inverteu. A água da chuva parecia subir.
Largar sua amiga não era uma opção. Quis sair.
Conseguiu.
Observou friamente a parte de baixo,
daquilo que a levou até ali,
e daqueles que a levaram até ali:
Inertes.
O vermelho concentrado
misturado a chuva.
O vermelho aguado tomou conta de tudo.
Olhando ao longe, viu as cores que giravam
ficou feliz, ela era esperta:
caiu.
A vida seria outra. Ela achava.
Ela estava certa. Tinha razão
O casal rico desejou vê-la.
Vitória
mas não tanto quanto o rosto de uma garota
que, sentada no banco traseiro, observa a briga dos pais.
11 anos, e a pequena garota ainda se encolhia
agarrada a sua boneca, sua unica amiga.
Vitória sabia: estavam rápido demais.
Ser ignorada a vida inteira a fez ficar mais esperta.
Tinha medo. Tinha razão.
O cheiro de bebida e cigarro se misturavam
aos gritos abafados pela chuva que lá fora
caía.
Ela sabia. Tinha certeza. Desejava. Intimamente.
Apertou sua companheira e segurou o que viu.
A imperfeição do braço da porta
tirou sangue de sua mão.
Tudo perdeu forma, sua visão avermelhava.
Corpos voadores atravessavam o vidro quebrado.
Tudo se inverteu. A água da chuva parecia subir.
Largar sua amiga não era uma opção. Quis sair.
Conseguiu.
Observou friamente a parte de baixo,
daquilo que a levou até ali,
e daqueles que a levaram até ali:
Inertes.
O vermelho concentrado
misturado a chuva.
O vermelho aguado tomou conta de tudo.
Olhando ao longe, viu as cores que giravam
ficou feliz, ela era esperta:
caiu.
A vida seria outra. Ela achava.
Ela estava certa. Tinha razão
O casal rico desejou vê-la.
Vitória
14 comentários:
eita!
daria um belo curta...
abçs
pow, bom mesmo.
Bom é saber que existem tantos jovens escritores nesse país
abraço ai brother x)
da vontade de carregar a vitoria no colo e pedir desculpas por tantas vzes nos tornarmos esses adultos estupidos que esquecem a beleza de encotnrar refugio numa boneca-amiga.
lindo texto.
linda imagem
;*
q texto tocante, palavras mto profundas =)
É vc leva jeito msm heim.
eu acho q vc daria um belo escritor.
Ah,o texto fico legal,mega criativo e muito bem escrito!
sucesso.
http://www.faraway.blogger.com.br/
Triste...
Very, ver sad.
que macabro!!
mas mto bom, envolvente...
não era melhor ter tornado os pais melhores...talvez, td bem...
a realidade n é assim...
entendo...
beeejo
Tu já assistiu o seriado Dexter?
Sangue, uma criança, uma nova família.
Lindo demais!
Bom..
Muito bom..
Seus textos estão cada vez melhores!
;D
Parabéns Brother!
texto mt lindo!
um pouco triste, mais é a realidade!
sempre nos apegamos a algo material, q para nós se transforma em grandes companhias!
Ah Te amo mt viu amor!!!
vc eh o melhor escritor q eu conheço!!
JURO qu vou criar vergonha na cara e ler seu blog. até atualizei o meu mas tou fazendo tudo correndo na internet. obrigado por comentar.
vou até te linkar pq sei q vou gostar.
(mas linko dps táá :} )
Lindo e trágico, feito gliter em pó de vidro.
bjo
ai...me deu até arrepio!
bjs
laurinha
obs:passei , gostei e vou ler todos os dias...
muito lindo seu blog:)
finalmente parei pra ler seu blog. gostei viu?
Gostei do que vc escreveu. Só precisa melhorar um pokin nas imagens. mas fora isso, tudo ótimo.
Se vc quiser me linkar posso linkar vc tbm. Abraços. =)
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